domingo, 9 de junho de 2013

Bacalhau à Brás. ("Ponto de vista" sobre o MDN).

Dois discursos: um provável, outro real.

O primeiro, provável, proferido na presença do Príncipe-Regente D.João aquando da inauguração do Hospital Real da Marinha, em Novembro de 1806, em edifício sito no Campo de Santa Clara, em Lisboa, teria sido em termos de que se aventa o seguinte extracto:

"Na minha qualidade de Ministro da Marinha e do Ultramar não quero deixar de manifestar a Vossa Alteza o meu profundo reconhecimento pelo inequívoco apoio prestado para a concretização do Hospital Real da Marinha, aspiração do meu antecessor nesta pasta, D.Rodrigo de Sousa Coutinho, a quem presto desde já a minha homenagem pela visão que caracterizou e caracteriza esta iniciativa da construção do primeiro edifício que no nosso Reino foi destinado a hospital."

O segundo, real (mas não sob o conceito de "realeza", antes sob o da "realidade") foi há três dias proferido pelo Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada aquando da cerimónia correspondente ao fecho das instalações do Hospital da Marinha, no Campo de Santa Clara, em Lisboa, e em termos que por certo não deixarão de ser considerados como reacção ao inopinado cancelamento da prevista presença do Ministro da Defesa Nacional, J.Aguiar Branco.

Eis os termos aproximados do final da curta declaração:

"Como as cozinhas do Hospital já não estarão a funcionar na próxima semana, aproveito a presente quinta-feira para degustar o bom Bacalhau à Brás que a seguir será servido,

honrando a cultura naval e o bom gosto dos marinheiros que no mar ou em terra lutaram para que esta casa fosse sempre o seu porto seguro e fazendo votos para que o seu próximo abrigo assegure apoio a todos, em especial os que mais dificuldades sentem."

9.Junho.2013