domingo, 21 de julho de 2013

Investimento nas PME. ("Ponto de vista").


A recente decisão do Banco Central Europeu no sentido de proporcionar condições para mais apoios às Pequenas e Médias Empresas (PME) indicia uma mudança na política relativa ao investimento na União Europeia que
embora tardia e tímida não deve deixar de ser saudada.

No que respeita a Portugal esta perspectiva vem na senda de uma nova linha de financiamento a PME atribuida pelo Banco Europeu de Investimento, embora
paradoxalmente tenha sido concedida mediante a garantia do
Estado
português.

O paradoxo provem da constatação de ser Portugal o garante de tal
investimento, em vez de caber tal responsabilidade a apropriado
mecanismo
comunitário, como deveria ocorrer numa união em que a solidariedade deveria ser demonstrada de um modo em que os mais fortes proporcionassem ajuda aos que passassem por dificuldades - evidentemente mediante compromissos que demonstrassem o desejo de correcção de problemas de natureza estrutural, e sem que tal implicasse a imposição de sacrifícios excessivos.
Foi aliás a falta desta perspectiva que terá caracterizado negativamente a
inacção da Comissão Europeia ao longo destes últimos anos, em que aquela
Instituição perdeu a sua tradicional missão aglutinadora e de correcção de
desequilíbrios entre os Estados-Membros.
O papel destes dois Bancos - o BCE e o BEI - na retoma do investimento,
enquanto o sistema bancário tradicional não recuperar o seu equilíbrio (se e
quando o conseguir...) poderá ser essencial para a retoma da confiança
financeira, e do investimento subsequente – com os respectivos efeitos no
emprego, em que as PME têm um papel dominante e fundamentall.
Esperemos que sejam corrigidos os defeitos conceptuais apontados, e que tal ocorra a tempo de produzirem efeitos sensíveis na competividade da União, bem como no emprego, sem o que o projecto europeu pode fenecer,
21,Julho.2013.